Embarque de cargas vivas no porto de Rio Grande recebe novas regras

07-06-2017

Embarque de cargas vivas no porto de Rio Grande recebe novas regras

 

 

Novas medidas buscam reduzir mau cheiro e transtornos nas operações.

Até hoje, cerca de 250 mil bovinos já foram exportados pelo porto gaúcho.

 

O Brasil é o quarto maior exportador de animais vivos do mundo e, no Rio Grande do Sul, o porto de Rio Grande, na Região Sul do estado, é o local de embarque dos animais. A partir de agora, porém, esse tipo de operação no porto vai precisar respeitar novas regras.

 

Para exportar cargas vivas, como bovinos, nos chamados navios currais, é preciso diminuir o transtorno causado no cais. Ao chegar ao porto, os porões dos navios devem estar limpos e sem animais vivos à bordo. O embarque também deve ser concluído em, no máximo, 48 horas.

 

As novas medidas buscam diminuir o mau cheiro e não atrapalhar as operações que envolvem outras mercadorias.

"Exalava um mau cheiro enorme em relação às cargas que já chegavam ao navio. Buscamos resolver isso sem que se fechasse a porta pra uma operação importante como essa, que traz receitas para o porto, mas também com regramento bastante sério, respeitando todas as legislações vigentes no país, principalmente no que diz respeito à vigilância sanitária", explica Janir Branco, diretor-superintendente do porto de Rio Grande.

 

Quem mora em bairros próximos ao porto comemora. "Teve anos que não tinha condições nem de abrir a porta dos fundos. As pessoas se queixavam muito. No dia que tinha essa fedor tinha que lavar a roupa que estava na corda de novo porque não dava para suportar. Era pegajoso, parece que impregnava no corpo da gente", reclama a dona de casa Ilda dos Santos Barcellos.

 

O primeiro embarque de animais vivos pelo porto de Rio Grande aconteceu em 2005. Naquele ano, mais de 44 mil bovinos foram negociados pelos pecuaristas gaúchos. A vantagem é o preço pago pelos importadores, em média, dois dólares o quilo - valor negociado à vista. Até hoje, cerca de 250 mil bovinos já foram exportados pelo porto gaúcho, principalmente, para países como Líbano, Turquia, Egito e Jordânia.